quarta-feira, maio 28, 2008

BOMBAS DE FRAGMENTAÇÃO - NÃO !!!!!!!

AMIG@OS,


Agora mesmo, em Dublin na Irlanda, vários países estão se reunindo para criar um acordo para banir a bomba cluster (ou bombas de fragmentação). Fabricantes de armas estão pressionando governos a firmarem um tratado cheio de exceções. O texto final do acordo será decidido nos próximos dias. Bombas cluster não matam só em tempos de guerra. Elas espalham pequenas "bombinhas" brilhantes que permanecem no solo por décadas depois de serem jogadas. Elas atraem a curiosidade de crianças que não raro, são mutiladas ou mortas. Alguns governos acreditam que essas bombas devem ser banidas, mas o Brasil continua a fabricar e exportar estas bombas.

O tratado será assinado no final desta semana e alguns governos ainda estão pedindo exceções com "períodos de transição" e clausulas para amenizar a banimento. Temos uma forte chance de influenciar esse tratado. Se cada um de nós enviar uma mensagem para seu chefe de estado, poderemos convencer nossos governos de banir as bombas cluster de uma vez por todas.

Nesse momento decisivo nós podemos fazer nossa parte. Participe clicando abaixo para assinar uma mensagem (petição pré escrita) ao Presidente Lula para defender-nos desta arma votando contra ela na reunião : http://www.avaaz.org/po/ban_cluster_munitions/18.php?cl=93176818 O esforço para banir a bomba cluster é o resultado do trabalho de anos de muitas pessoas e organizações ao redor do mundo. Veja a mensagem do porta voz do movimento Branislav Kapetanovic, que perdeu suas mãos, pernas, parte da audição e visão por causa de uma bomba cluster na Sérvia:

"A bomba cluster é um das armas mais perigosas do mundo de hoje. A maioria das suas vítimas são civis e afetam milhões de pessoas no mundo todo. Essa semana vários governos estarão reunidos em Dublin para criar um tratado que vai banir essa perigosa arma, porém alguns governos estão tentando enfraquecer esse tratado criando clausulas de exceções. Governos ricos nem sempre ouvem as vítimas, mas eles escutarão você - cidadãos que votam. Por favor, envie uma mensagem para o seu governante pedindo um tratado sem exceções, lacunas ou demoras."

Ativistas como Kapetanovic batalharam muito para banir a bomba cluster. No Brasil duas empresas produzem e exportam bombas cluster; e o Ministério da Defesa ainda defende as bombas cluster. Temos a chance, essa semana, de banir uma perigosa arma que está tirando a vida de muitos inocentes. Faça a sua parte e ajude-nos a trazer um mundo mais justo, pacífico e seguro para as crianças e gerações por vir.


Com esperança,
Ben, Pascal, Ricken, Galit, Graziela, Paul, Iain e Veronique - A equipe Avaaz.org.


Saiba mais sobre o assunto:Conferência de Dublin tenta proibir bombas de fragmentação - AFP:http://afp.google.com/article/ALeqM5hiZKv3vyZZBZDfZH1S_R6hXoLjig Bombas cluster já atingiram 13 mil em vários países - Folha Online:http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u374726.shtml Bombas cluster são importantes para defesa do Brasil, diz oficial - Folha Online:http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u374693.shtml _______________________________________

SOBRE A AVAAZ Avaaz.org é uma organização independente sem fins lucrativos que visa garantir a representação dos valores da sociedade civil global na política internacional em questões que vão desde o aquecimento global até a guerra no Iraque e direitos humanos. Avaaz não recebe dinheiro de governos ou empresas e é composta por uma equipe global sediada em Londres, Nova York, Paris, Washington DC, Genebra e Rio de Janeiro. Avaaz significa "voz" em várias línguas européias e asiáticas.

quinta-feira, maio 22, 2008



Quando menos se espera aparece uma mosca


Confundindo tecnologia e nirvana !?

QUESTÃO INDÍGENA NO BRASIL

Andre Penner / AP
(20/05)"Contrários à construção da hidrelétrica Belo Monte, índios da região de Altamira (PA) aceitam ouvir argumentos da Eletrobrás, porém depois há confronto e um funcionário acaba ferido."( notícia veiculada pelo portal BOL)

A questão indígena no Brasil está no limite , e a paciência dos índios também. Num arrombo de ânimos o índio passou o facão no braço no funcionário. Pelo que vi na TV ontem a ação foi intencional , e "bem de levinho" para não arrancar de vez o membro do desafortunado que passou perto do índio. Fato é que a cultura indígena é uma cultura guerreira , e só diferente da cultura de violência de alguns povos atuais , dito "civilizados", porque se sacraliza e se sublima a violência com as explicações da energia :"tirar sangue do inimigo é tirar sua força". Mas , quem dá o 'primeiro tiro' perde a razão ou , pelo menos , faz com que ela fique em segundo plano.

Estamos no LIMITE , perdendo a razão, índios e brancos , negros , europeus , americanos , árabes e orientais, africanos .... CHEGA !!!! ( usando a fala do personagem piegas , a perua representada por Marília Pêra, da "novela das oito"- aliás não tão ruim por que seu roteiro é escrito e supervisionado por Aguinaldo Silva). Com o planeta nos estertores pelos problemas ambientais , somado à ignorância humana de todas as partes , a situação é como a de um rabo de dragão sem cabeça , idiotizado e louco , se movendo e derrubando a tudo e a todos.

Nesse meio tempo , leio uma crônica da revista "Caros Amigos" que um irmão do Dharma me enviou . A crônica de Cesar Cardoso:

"Viva a ignorância"
(in Caros Amigos, 134 , p. 37 , por Cesar Cardoso)

"Minha amiga, vamos deixar de hipocrisia, vamos louvar a ignorância. É só por uns dois minutinhos, o tempo de ler esse texto. Porque é a ignorância que nos sustenta e não a inteligência, a delicadeza e toda a nossa lista de bons sentimentos. Quando foi que você atravessou a rua e deu de cara com uma passeata pedindo mais escolas? Não, a gente vai pra rua pedir segurança e bota grade e cerca elétrica na porta de casa. E qual é o lugar mais superlotado do país? Os motéis? Não, as cadeias. Amor? Amor é muito bom para vender cerveja, roupa e automóvel. Mas no dia-a-dia, meu amor, a gente vai mesmo é de ódio.

No trabalho, por exemplo: o chefão pisa no chefe que esmurra o chefinho que morde o assessor que soca o assistente que cospe na secretária que belisca o office-boy que vai pra casa e dá um bico no cachorro. Ou se ele for um sujeito de sorte, pisa na mulher que esmurra o filho que morde.

Sinto muito, minha amiga, mas é a ignorância que move o mundo. O que mais se vende neste planeta? Flores? Poemas? Bombons Revê D’Amour? Não, é arma mesmo. E você já viu fábrica de armas fazendo liquidação de verão? Não precisa, porque desde que o mundo é mundo eu faço o arco e flecha, tu constróis a catapulta, ele cria o revolver, nos inventamos o tanque, vós idealizais o bombardeio aéreo, eles concebem a bomba atômica.

Por isso, minha amiga, vamos levantar um brinde à violência, pedir duas salvas de palmas ao preconceito e dar três hip-hurras à escravidão que continua espalhada pelos quatro cantos da Terra. São os frutos de nossa ignorância, que seguimos plantando com o suor do rosto alheio.

Pronto. Agora podemos esquecer isso tudo e voltar a ser gente boa e cristã, que tem fé no ser humano e nunca vai ensinar pro filho que ele tem que ser melhor que todo o mundo e que não basta descobrir a pólvora, tem que atirar primeiro.

Nós? Nunca."


(in Caros Amigos, 134 , p. 37 , por Cesar Cardoso)

quinta-feira, maio 15, 2008

O Trabalho das Mãos

Na minha fase de auto-conhecimento , aprendi a trabalhar com as mãos numa escola de massagem. Ou melhor , aprendi a ter consciência dos trabalhos de minhas mãos numa escola de massagem. O que é possível fazer com elas nesse trabalho é projeção de uma realidade invisível, possível de se imaginar ou intuir : os fluxos dessa grande energia universal , o TCHI dos chineses.

Hoje escrevo nas lousas das escolas , com giz , como os hominídeos faziam nas paredes das cavernas , tentando imprimir as marcas de minha "cultura" e transmití-la . E se não é minha grande surpresa quando uma pergunta- simples demais! -surge de uma criança de 5ª série : eu falando , e falando, e falando , escrevendo e escrevendo sobre os "homens" pré-históricos , isso , aquilo , e aquilo outro ; e essa pequena menina me questionou "Professora , as mulheres não existiam nos tempos da pré-história ?", fiquei com cara de tacho. Rapidamente - depois de engulir seco - passei a escrever na lousa " ...os homens e mulheres pré-históricos .... pararí , parará .....".

Estou aprendendo a cada dia a INCLUIR com minhas mãos de giz , tudo o que constitui o "tchi" , a energia do universo , e com "plena atenção" não deixar passar coisas que possam SIGNIFICAR "discriminação" .

terça-feira, maio 06, 2008

Professores amordaçados
por Carlos Gianazzi


Como no tempo da ditadura militar no Brasil, os professores das escolas públicas de São Paulo continuam impedidos de expressar livremente suas opiniões sobre a política educacional ou qualquer assunto que diga respeito aos atos da administração ou autoridades instituídas, sob o risco de serem processados, advertidos, transferidos, suspensos e até mesmo exonerados dos seus cargos, mesmo que sejam concursados, efetivos e tenham trabalhado anos no magistério público. Tal fato deve-se à existência de uma legislação anacrônica de 1968, mesmo ano em que foi promulgado o famoso instrumento autoritário e supraconstitucional Ato Institucional 5 (conhecido como AI-5) que, na prática, acabou com a democracia no país naquele momento.
Estamos nos referindo ao Estatuto do Funcionalismo Público do Estado de São Paulo, Lei 10.261/68 que, no seu artigo 242, incisos I e VI, praticamente proíbe os servidores públicos — e, entre eles, os profissionais da Educação — de fazerem críticas públicas, principalmente pela imprensa, da falta de investimento governamental no ensino estatal e da ausência de estrutura material adequada para a efetivação do trabalho pedagógico. E a `lista de chamada' não é pequena nem pouco importante: superlotação de salas de aula, violência nas escolas, aprovação automática, jornada excessiva e estafante de trabalho, baixíssimos salários e tantas outras mazelas que atingem toda a comunidade escolar.
Embora esse dispositivo jurídico autoritário não tenha sido recepcionado pela Constituição Federal aprovada em 1988, que em seu artigo 5º garante a liberdade de expressão e opinião para todos os cidadãos e cidadãs, a lei estadual continua sendo utilizada pelo poder executivo paulista para inibir, reprimir e punir professores e demais servidores que expressem o pensamento crítico contrário aos interesses do governo de plantão. O mesmo ocorre com a prefeitura de São Paulo, onde a Lei 8.989/79, em seu artigo 179, inciso I — cópia explicita da lei estadual — , também impõe o clima de terror e de medo entre os professores da rede municipal.
Sem contar outras prefeituras em todo o estado que possuem legislação análoga para suprimir a liberdade de expressão dos servidores públicos.
Para combater esse anacronismo, que há muito já deveria ter sido banido do nosso arcabouço legislativo, elaborei dois projetos de lei em 2007 que estão tramitando pelas comissões da Assembléia Legislativa, com a finalidade de revogar essa parte despótica da Lei 10.261/68. Também estamos entrando com uma Ação de Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), exigindo a suspensão dos referidos incisos.
A mesma Ação será impetrada para suspender os efeitos do inciso da Lei 8.989/79, legislação esta que tem proporcionado transtornos, injustiças e perseguições a servidores da capital paulista.
Estamos lutando, no plano político-parlamentar e jurídico, para extinguir essa legislação arrogante e anticonstitucional que paira como uma constante ameaça, uma espada em cima da cabeça do magistério e demais servidores, impedidos do direito e do exercício sagrado da liberdade de expressão e de opinião.
Educação e liberdade caminham juntas, são irmãs siamesas e só com professores — protagonistas do processo ensino-aprendizagem — livres, participativos e sem amarras autoritárias é que poderemos formar pessoas também críticas, éticas, cidadãs e preocupadas com a construção do bem estar coletivo.

*Carlos Giannazi , professor , e é Deputado Estadual pelo PSOL
A reflexão abaixo , de Cícero (100-43 a.C.) , me faz pensar em certo Gestor e Secretários de Governo do Estado de São Paulo , e em seu desconhecimento de nosso ambiente desfavorável de trabalho ( uma escola pública) e seu relacionamento arbitrário com o funcionalismo público:


"Todos os Homens honestos mataram César.
A alguns faltou arte, a outros coragem
e a outros oportunidade
mas a nenhum faltou a vontade."

Marcus Tullius Cicero, Philippicae
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Nas próximas eleições vamos "matar César" !

sexta-feira, maio 02, 2008

Um Pálido Ponto no Universo

A História da Humanidade, por fim ,não é mais que esforço egóico para superar sua insignificância.
Filminho bacana produzido com base em leitura na voz de Carl Sagan de um texto dele mesmo.

quinta-feira, maio 01, 2008

"Acabareis todos por morrer de conforto" :1968/2008

Em Maio de 68 surgiram frases emblemáticas, tais como a citada acima . Importante era incomodar quem estava "tranquilamente sentado no sofá" . Tais frases apareciam em pichações , faixas , cartazes e nas paredes das ruas de Paris :"Sejam realistas, exijam o impossível!" , "É proibido proibir" ,"A revolução deve ser feita nos homens, antes de ser feita nas coisas" , "Abaixo o Estado","Viva o efêmero".
(foto publicada pelo portal UOL) Jovem se defende da polícia durante manifestações na França ;
68 foi o auge da década em que os jovens "aceleraram" a história
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A guerrilha urbana de MAIO de 1968, em Paris, começou com um episódio inicialmente banal na Universidade de Nanterre : estudantes dessa universidade entraram em conflito com a reitoria que queria separar os alojamentos femininos dos masculinos. Depois , alunos tentaram realizar um curso livre sobre a obra do psicanalista marxista Wilhelm Reich e isso também gerou conflitos , o que resultou em desalojamentos de estudantes.
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Declarados como "imaturos" pelos mais velhos , a juventude sempre sofreu discriminação , o "inconsequente" , o "dorminhoco", o "aborrecente" ( um termo mais recente ). O "maio de 68" é um exemplo de que os jovens têm força e capacidades intelectuais suficientes para superar suas insatisfações. E não devem se acomodar diante de cerceamentos da discussão de certos temas tabus que povoam suas vidas. NÃO HÁ O QUE NÃO POSSA SER DISCUTIDO-DEBATIDO dentro das ESCOLAS e meios acadêmicos. As escolas e universidades são espaços que devem abrigar a liberdade de expressão , para isso é que temos os exemplos históricos de grandes "professores" e "alunos" , que à despeito das perseguições históricas ( Sócrates , Giordano Bruno, e tantos outros) não esmoreceram em aceitar intolerâncias , preconceitos e tabus ( sejam religiosos , morais, políticos, ideológicos). A ÉTICA é sensibilidade e refinamento intelectual (um princípio racional) , está nas formas de abordagem dos temas , e não nos próprios temas. O que seria do mundo se continuássemos a sustentar que o sol gira em torno de nosso planeta , e continuássemos a obedecer servilmente à vontade dos poderes absolutos e divinos dos reis ? A provável imaturidade dos shows de rock , do modo de vida hippie , do power flower, dos movimentos estudantis , das pixações nos muros, tão comuns na década de 60 e 70 , são provas de que o mundo melhor desejado por todos não nasce pronto e acabado. A juventude apenas colocou o primeiro tijolo.

Muito legal é a pesquisa especial apresentada pelo jornal espanhol EL MUNDO , em memória aos 40 anos dos movimentos políticos e novos comportamentos da juventude mundial a partir de 1968. Pode começar pelo link abaixo, é a trilha sonora que foi pano de fundo desse panorama de transformações.


O Portal UOL também disponibiliza uma apresentação especial sobre Maio de 68:
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